05/07/2023

Proposta da Reforma Tributária provoca preocupação no setor de serviços

Texto da reforma pode impactar setor de comércio e serviços. Atividades recreativas, alojamento e serviços pessoais são os principais alvos.

O projeto de Reforma Tributária apresentado no Congresso Nacional apontou um impacto significativo no comércio e setores de serviços.

Segundo uma análise divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o projeto propõe aumentos nas taxas, impostos e contribuições.

A CNC afirmou que as empresas enquadradas no Simples Nacional, especialmente no setor de serviços, poderão enfrentar aumentos alarmantes nas alíquotas tributárias, chegando até 261%.

Segundo o texto, os segmentos mais afetados serão aqueles ligados a atividades recreativas e culturais (171%), serviços pessoais (160%), seleção, agenciamento e locação de mão de obra (157%), serviços de alojamento (153%), além de serviços para edifícios e atividades paisagísticas (145%).

A pesquisa da CNC também demonstrou que possíveis aumentos, acima de 100%, serão nos serviços de escritório, serviços técnico-profissionais, serviços financeiros, seguros e previdência complementar, além de vigilância, segurança e transporte de valores.

Mas não apenas o setor de serviços será atingido. O comércio sofrerá um forte impacto, segundo a análise da CNC. Varejistas e atacadistas de calçados, por exemplo, poderão enfrentar um aumento na alíquota de 41,2% e 37,3%, respectivamente.

Os atacadistas de equipamentos e artigos de uso pessoal e doméstico terão um aumento de 32,2%, enquanto os setores de varejo de vestuário (31,8%) e varejo de tecidos (31,4%) também sofrerão reajustes.

A Confederação ressalta que haverá um aumento de 20% nas alíquotas para papelarias, revendedores de artigos esportivos, produtos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, odontológicos e veterinários, bem como lojas de móveis e decorações.

Ainda na pesquisa da CNC destaca que a proposta de Reforma Tributária trará benefícios para alguns setores. O setor de peças para veículos terá uma redução de alíquota de 18,6%.

O varejo de supermercados e hipermercados poderá contar com uma diminuição de 23,9%, enquanto o comércio por atacado terá uma queda de 34,7%.

Os setores de veículos automotores e atacado e varejo de combustíveis e lubrificantes serão beneficiados com alíquotas negativas, atingindo 56,5% e 65,5%, respectivamente.

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