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29/08/2023

Aumenta número de empresas em Recuperação Judicial no Brasil

Dados entregues pelo monitor rgf DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL revelou NÚMEROS preliminares SOBRE A ECONOMIIA BRASILEIRA NO PRIMEIRO SEMESTRE.

Em uma publicação da Valor Econômico, o Brasil registrou 3.823 empresas em processo de recuperação judicial de uma base de 2,1 milhões de negócios de pequeno, médio e grande portes.

Segundo a matéria, proporcionalmente, duas a cada mil empresas em atividade no país estão em recuperação judicial.

O processo de recuperação judicial permite que empresas que estão com situação financeira negativa ou sem uma perspectiva positiva a curto prazo possam se reorganizar financeiramente com a suspensão temporária de dívidas.

O principal objetivo da Recuperação Judicial é garantir que aquela empresa não decrete falência, preservando empregos e mantendo o funcionamento daquele setor sem grandes mudanças.

Para isso, essas empresas precisam negociar suas dívidas sob supervisão da justiça. Elas renegociam prazos, condições de pagamentos, condições para retirada de empréstimos, vendas de propriedades e outros ativos.

O processo de recuperação judicial só é iniciado quando a Justiça aceita o plano de reestruturação junto ao grupo de credores.

Setores mais afetados da Economia

Os principais setores afetados estão o de cana-de-açúcar (38,6 por mil empresas em atividade), construção de rodovias e ferrovias (16,3 por mil) e fabricação de calçados de couro (13 por mil). Em seguida, aparecem as áreas de transporte coletivo (12,5 por mil) e cultivo de soja (12 por mil).

Segundo o Monitor RGF de Recuperação Judicial, desenvolvida pela consultoria especializada RGF & Associados.

A adoção de medidas como a terceirização de serviços pode ajudar a contornar situações difíceis em sua empresa. O Grupo Insigne dispõe de uma lista de atuação em diversos segmentos.

Recuperação judicial por região

Segundo a matéria da Valor Econômico, o estado de São Paulo é o que concentra o maior número de empresas que entraram no sistema judiciário para negociar com seus credores.

São 1.198 empresas, cerca de um terço do total nacional. Essa concentração ocorre também porque São Paulo abriga a maior quantidade de empresas no país, são 793.194 ao todo.

Segundo o monitor, quando a análise é feita proporcionalmente, comparando o número de processos de recuperação com o total de empresas ativas, o índice de São Paulo é pontuado em 1,51 para cada mil. Algo que o desfavorece em relação a outras regiões.

Na região Centro-Oeste, o índice é de 3,12 a cada mil empresas ativas. O estado do Goiás é especialmente representativo, são 5,34 empresas em crise a cada mil. Porém no Mato Grosso do Sul o índice é de 1,06, em Mato Grosso ele chega a 3,42.

No Nordeste, a situação é a segunda mais complexa, são 2,36 empresas em processo de recuperação a cada mil em atividade. No Sul, o índice é de 2,15 e ocupa a terceira posição.

Na região sudeste, o índice é de 1,44 empresas em recuperação judicial para cada mil empresas ativas. Essa posição fica apenas à frente da região Norte, que apresenta um índice de 1,09.

Segundo especialistas, existem duas razões para essa descentralização dos processos de recuperação judicial.

A primeira é que, o mercado tem uma compreensão mais ampla do processo e seu funcionamento. Com isso, o sistema judiciário vem se especializando nas recuperações judiciais.

Um outro ponto importante é o poder público se especializar nessa questão. Estados como Mato Grosso do Sul, Mato Grosso e Minas Gerais já possuem varas especializadas na área, algo que facilita o processo de descentralização.

E também, a reforma da Lei de Recuperações e Falências, em 2021, e que permitiu a inclusão de produtores rurais nesses processos de recuperação.

Informações importantes sobre a situação da economia brasileira, e em relação ao mercado contábil do país você acompanha pelo blog do Grupo Insigne. Faça parte da nossa lista de transmissão e tenha acesso a outros conteúdos.